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A aventura mais incrível de todas...

  • Foto do escritor: O Mundo é a minha casa
    O Mundo é a minha casa
  • 3 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura


Saltar de paraquedas, correr uma maratona, surfar onda gigante ou escalar o Everest, sem sombra de dúvidas, são aventuras incríveis e inesquecíveis, coisas que só são possíveis de serem realizadas por aqueles que têm coragem de sobra e um mindset afiado. Apesar do grau de dificuldade destas e de outras tantas realizações possíveis na vida de qualquer ser humano, a aventura mais incrível que podemos ter é simplesmente viver.


Explico.


A tríade sagrada da filosofia clássica - Sócrates, Platão e Aristóteles - já debatia, cada um a seu tempo e modo, sobre a essência da vida e a felicidade. O argumento socrático consiste no autoconhecimento, de forma que para ele só é possível ser feliz se soubermos quem somos e o queremos da vida. Platão, por outro lado, acreditava que vivemos num mundo material (físico) enganoso e nocivo, sendo então indispensável transcender para um plano imaterial (espiritual), onde o equilíbrio entre conhecimento e a bondade trariam a felicidade. A contribuição aristotélica aduz que a felicidade é o fim último do homem, e só pode ser alcançada através da atividade virtuosa, do agir.


Os três argumentos se encontram na ideia de que a felicidade não é algo pronto, estático, tipo as caixinhas da Amazon que recebemos em casa em tempo recorde, recheadas de objetos cuja obsolescência é programada e que nos alegram por no máximo 60 segundos. Longe disso, a felicidade depende essencialmente das nossas ações e da forma como encaramos a vida. É atividade. É viver, e não somente existir.


Eu, como boa latina que sou, procuro viver a vida de forma intensa, completa e única. As consequências são incrivelmente avassaladoras, uma mistura linda de lágrimas e sorrisos que me fazem ser a mulher que sou. Thick-skinned and good-hearted. Ao longo da minha breve existência, aprendi que a vida é um presente e que nós somos os responsáveis pela nossa própria felicidade, ainda que, como diria Tom Jobim, seja "impossível ser feliz sozinho". É preciso ser sujeito ativo, ter sonhos que ultrapassem as expectativas da sociedade hipócrita e anacrônica da qual fazemos parte, é ir além. É ousar cruzar o oceano, é escrever um poema, é dançar sob a chuva, é assistir seu filme favorito 18 vezes, é ouvir sua playlist no Deezer em modo repeat, é fazer amor por horas com aquele alguém especial e nem se dar conta de quanto tempo passou, é baixar o Tinder, dar o match e saborear os encontros e desencontros da vida real, é trabalhar com paixão, é se jogar de corpo e alma naquilo que te faz genuinamente feliz.


A vida é muito para ser pouco. A aventura mais incrível que podemos experimentar é viver a viva em sua plenitude, ou ao menos tentar.



Com amor,

S.


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